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domingo, 2 de setembro de 2012

o TAO

Ou  sou  mesmo  bipolar.  Não !  Multipolar. 



Quem  me conhece  e até quem me visita  aqui, certamente percebeu  minhas flutuações de ânimo, de humor;  ora estou empolgada com alguma coisa, fazendo projetos, ora  deprimida, enrolada  em posição quase fetal assistido repetidamente os mesmos epsodios  de seriados americanos, e tomando refrigerante, sem sequer comer. Pelo menos o  que tomo agora é guaraviton, assim, sem propaganda. E  de guaraná, essência natural, dizem,  sem gás  e com  o tal ingrediente estimulante, cafeinal  que  me permite  alongar  os músculos  doloridos sempre. Foram  quase trinta anos  de adicção  à coca cola,  interrompidos há  poucos anos, eu já blogava,  mas substituídos, algo assim como aqueles adesivos  ou balinhas para fumantes.
Falar  em  dor, assumindo  a realidade, tenho  feito trabalho  corporal  pesado. Não aquele de academias, respeito  quem gosta... (respeito?  de boca p'ra  fora...) mas realizando  coisas,  faxina  em casa  com troca  de posição dos móveis, carregar  caixas  e mais caixas para guardar, tirar caixas e caixas de onde estavam, para que entrem as outras  e ao final  todas fiquem bem  guardadas, são livros, os  que chegaram, são do filho  que vai "morar fora"  um ou dois anos, as outras, que estavam ainda sem abrir desde  a mudança para cá  e desde  quando descobri os efeitos da maresia sobre as coisas, que acabei optando por deixar boa parte dos livros guardados em caixas com antimofo, antibarata, antitraça, em um quarto  bem sequinho aqui da casa,  mas o assunto era o efeito  do trabalho  muscular  sobre as dores "autoimunes". O fato é  que aquela dorzinha  de abaixa levanta, flete estica, etc, é ótima para reduzir as dores fortes do emperramento das artrites, miosites e tantas ites que me assolam.  ( e alguém ganhou sozinho  mais de vinte milhões da mega sena, ouço agora na TV, a quina já  me aliviaria, as dores do bolso vazio...) 
Há  três  ou quatro semanas,  sem conseguir seguir  minhas regras de felicidade, e por muitos motivos  e fontes e ofensas recebidas ( e aceitas) ,  irada, raivosa, cheia de autopiedade, dolorida,  indo então  à casa  de um filho  cuidar das  plantas  do seu jardim enquanto seus donos viajavam, cuidar de plantas me faz bem, sempre,  decidi " invadir "  o terreno ao lado,  que também é dele, mas que ainda não foraefetivamente ocupado exceto por algumas mudas de fruteiras que plantou assim que adquiriu o terreno - o lote - mas que estava tomado por um mato tipo gramínea, rizomas (  quando Deleuze invadiu  minhas referências mentais para essa palavra ?)  , um mato alto, bem mais  alto do  que eu sou (???)   sufocando tudo  que lá  havia.  Botas, luvas de couro, chapéu de palha, facão, tesoura de mato, sacho de duas pontas, podão de cabo longo  e adentro  a mata. (  Cercada por um muro  de 2 metros.)  Como sou feliz ! 
Entre aranhas terrícolas, alguns outros insetos, felizmente  sem acidentes, traumáticos ou peçonhentos,  mas com poucas horas/ dia de terapia  na terra  fiquei  bem,  dos meus males  do corpo e da alma.  Ainda dói, mas é diferente. Extraindo rizomas  da terra, introduzindo sementes. Sempre precisei disso. Desde criança  brinco  de sítio, invado terras.  Quando  voltaram de viagem, pedi permissão para continuar  me tratando lá.  Concedida, mas o filho diz  que fica   constrangido  de me ver capinando e plantando e se sente culpado - está  de férias-  sem capinar também. Mas tem o bebê.  Lógico ! Agora o filho vai ter que aprender a me respeitar,  a capina é minha, fazer canteiros e horta  também. Como  o quintal é dele, é o dono da terra,  só vou lá duas vezes por semana, caminho  do meio, o Tao, mas plantei abóbora, mamão , chuchu,  tomate cereja e alguma couve;  já tem lá dois mamoeiros sobreviventes que plantei de outra vez que ele viajou;  plantados por ele,  acerola, goiaba, jabuticaba pequenininha e já produzindo, carambola, laranja, mirradas,  asfixiadas pela sombra e pela falta de umidade.   Varias mudas de aipim, plantados por ele e quase sufocados no mato  e abacaxi  quinze mudas que plantei,  idem. Tudo limpo, agora, preparado para crescer. Muitas pedras tiradas da terra  estão alinhadas em beiras de caminhos imaginários  imaginados  para velocípedes. Miguel está com quase 6 meses. Seu pomar e horta - jardins vão crescer juntos com ele .  Preparo agora leiras formando  caminhos  e ramas para batata doce, alem  de local para banana prata, duas moitas de bananeiras, vou levar mudas daqui de casa. Amanhã é dia.  Exercito  a paciência, item tão em falta  em minha vida. Trabalhei toda a vida  em emergencias, sou boa disso.  capinar, revolver e adubar  a terra, descarregar a raiva, enterrar, estercar, fácil, avante, empreendimento,  ter que esperar dias até plantar as sementes ou mudas, calma, esperar mais ainda  que germinem, paciência, que  cresçam. Como  é bom isso. Contemplar. Meditar. Medita-ação.  Amanhã é dia. Terapia.
 Ontem colhi aqui em casa do que plantei quando me mudei, bananas, partilhei um cacho...Também o mamão. Partilho sempre com as aves ( e mamíferos voadores frugívoros), os filhos e netos, noras e genros filhos são,   e os vizinhos.

Um comentário:

myra disse...

voce nao pode nem imaginar como admiro tudo que escreve e como escreve e descreve!!!!
beijos, saba acho quetemos mto em comum...
beijosssssssssssssssssss

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